segunda-feira, 2 de novembro de 2009

INFECTADO
nossos olhos se cruzaram e assim ficamos
reciprocamente nos olhando,
com um olhar penetrante e envolvente
magicamente fomos nos aproximando,
com a respiração pesada e ofegante
fomos logo nos apresentando,
excitado e sem saber o perigo que corria em te conhecer,
deixei meu instinto me levar
e nos envolvemos entre caricia e beijos ardentes
seguido de um inevitável fato consumado.
O tempo foi passando, e quando me espantei,
percebi que alguma coisa havia acontecido,
algo havia se alojado dentro de mim,
tomando conta do meu corpo lentamente,
não doía, mas sentia-me mal,
nunca tinha sentido nada assim,
às vezes sentia vontade de chorar sem saber o porquê.
Os sintomas eram bem claros:
o coração apresentava palpitação dilaceradamente,
parecia está queimando,
ardendo de uma maneira inexplicavelmente,
o corpo encontrava-se sem disposição
e a mente já não raciocinava como antes.
Insuportavelmente a cada dia piorava a situação
dando a certeza
de que havia sido infectado por algum vírus letal,
o qual me arrastava para a cova lentamente.
Assustado, procurei uma clinica que me examinou,
mas nada encontrou.
A angustia aumentava cada vez mais
e desesperado me auto mediquei,
sem êxito, pensei que fosse o fim e me embriaguei.
Desiludido e já sem esperança
resolvi procurar um medico muito amigo,
que me encarou seriamente
e olhando-me nos olhos disse em voz alta e clara:
meu amigo, o que você tem não tem cura!
Mas não se preocupe você não esta doente!
E sim amando.

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