segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O ERRO DO POETA

Em um mar de rosa minha vida seguia
mas as vezes um espinho me feria
pois o amor que eu vivia
não me correspondia
com total harmonia
e por qualquer coisa dizia
que um dia
me deixaria
e isso eu não merecia
pois fiz tudo que podia
para lhe proporcionar alegria.
De tudo fazia
até escrevi e declamei poesia
mais ela quase não ouvia
nem tão pouco as lia,
parecia
que não entendia
o que eu dizia
ou escrevia.
Como já a conhecia
perguntava se compreendia
pois em seu rosto dúvida se via,
mas sempre com um sim, me mentia,
eu disfarçava, mas percebia
que ela fingia
pois na verdade nada sabia.
A magia
de quem sorria
não é a alegria
mas sim o que na hora expressaria
o gesto de que sorridente se abria.
E nessa hora eu sentia
que as difíceis metáforas realmente as confundia.
E esse foi o erro do poeta que escrevia
com complexa metáforas lindas poesia.

Um comentário:

  1. Caro Vate,
    Gostei muito deste! De alguma forma o mesmo falou comigo.
    Grato pela luz no fim do túnel.
    Cordialmente:
    Luíz Fernando Liveira

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